Moisés e Arão prostraram-se, rosto em terra, e disseram: Ó Deus, Deus que a todos dá vida, ficarás tu irado contra toda a comunidade, quando um só homem pecou? (Nm 16.22)
Corá, Datã e Abirão organizaram uma rebelião contra a liderança de Moisés e Arão. Desafiaram o próprio Deus por questionar sua escolha e o modo como ele conduzia a jornada pelo deserto. O Senhor decidiu acabar com toda a comunidade. Moisés e Arão tinham todos os motivos para concordar com o extermínio, mas agiram de modo inesperado: intercederam a Deus pedindo que apenas os rebeldes fossem punidos (veja o versículo em destaque). Ao invés de buscar a vingança, eles impediram uma matança ainda maior.
O povo salvo agradeceu por isso? No texto de hoje, vemos que as mesmas pessoas pelas quais Moisés e Arão intercederam voltaram-se contra eles. A rebelião era generalizada. Numa situação assim, muitos líderes diriam: “O melhor é acabar com todos estes insubordinados! Como liderar um povo assim?” Mas Moisés e seu irmão não estavam preocupados com sua posição e sim com as pessoas. Mais uma vez pediram a Deus que as poupasse. Mesmo assim, milhares foram mortos.
O que os levou a tomar tal atitude? Humanamente pensamos que eles tinham o direito de se vingar daqueles que os atacavam. Porém, sabemos que isso não agrada a Deus (veja Rm 12.17-21). Jesus nos ensinou a amar nossos inimigos (Mt 5.44-48), não importa o mal que nos fizeram. Ele mesmo colocou isso em prática ao pedir que Deus perdoasse aqueles que o matavam (Lc 23.34).
É somente por amor e obediência a Deus que podemos tomar uma atitude assim. Ele dá àqueles que vivem com ele a capacidade de não desejar o mal aos que os perseguem, humilham, caluniam... Sabemos que Deus vê tudo isso e cabe a ele acertar as contas com nossos inimigos – agora ou no julgamento final. Que Deus nos ajude para que possamos interceder por aqueles que desejam nosso mal, assim como Moisés e Arão fizeram. O cristão não se vinga, ele ama! – VWR
Acabe com seu inimigo... perdoando-o.
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