A primeira regra é buscar o sentido das palavras do texto de acordo com o seu contexto histórico. Significa evitar fazer conclusões preconcebidas sem respaldo do princípio hermenêutico. O contexto gramatical e histórico oferece ao intérprete o significado claro do que o texto quer dizer.
A segunda regra para se interpretar um texto profético é comparar uma profecia com outra similar. Cada profecia revela o pensamento de Deus para todos os tempos. Por exemplo, a comparação das descrições do “ancião de dias” (Dn 7.9-14) com “um semelhante ao Filho do Homem” (Ap 1.13-16) e ainda“o Cordeiro” (Ap 5.8-14).
A terceira regra para interpretar um texto profético é saber que o tempo do cumprimento profético não obedece ao tempo meramente humano. Na mente de Deus, o seu kairós (tempo) não é medido pelo tempo do homem. O apóstolo Pedro entendeu essa questão e declarou em sua epístola: “Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8).
A quarta regra para interpretar um texto profético é a lei da dupla referência. Uma profecia pode cumprir-se no próprio tempo em que foi dada a profecia e pode apontar para o futuro. O texto de Dt 28.58,64-66 pode elucidar esta regra da lei da dupla referência.
Algumas correntes de interpretação foram se formando ao longo da história da igreja e adotaram “linhas mestras” de interpretação para os livros proféticos, especialmente, Daniel e Apocalipse. Esses dois livros lançam luz reciprocamente e podem contribuir para o entendimento do plano de Deus, não só com Israel e a Igreja, mas para todo o mundo.
Elienai Cabral
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